No mundo gay, “a vadia”, é o rei?

“Parece-me triste a forma como o meio homossexual está cada vez mais submerso naquele turbilhão e fiapos supérfluos que o mundo consumidor apresenta, para ser mais ‘vadia’ … mais respeitado”.

NOTA DO AUTOR: o seguinte artigo deve ser entendido como um alerta para a atitude que muitos assumem em relação ao trato com os outros, não como uma crítica, zombaria ou discriminação às várias formas de expressão da sexualidade, pois, todas são válidas. Portanto, não se chicoteiem. Obrigado.

Como as abelhas ao mel, muitos são arrebatados por esse submundo, onde tudo que tem brilho falso, saltos vulgares, atitudes “safadas” e atrevidas, que também consideram “originais, versáteis e diferentes”, são exemplificados para acreditar falsamente que é assim que você deve e você pode ter uma atitude vencedora para seguir. 

Porém, a realidade é que muitos nunca poderão sair de onde estão e alcançar aquela vida que tanto desejam, enquanto continuarem a consumir a falsa mensagem daqueles ídolos nos quais vários se projetam, transformando-os em seus gurus.

Com o exposto, de forma alguma quero dizer que é errado admirar um superstar ou ser fã deste, ou daquele ídolo do consumismo e do showbiz. O que estou dizendo é que aquele truque feio do homossexual para se capacitar na crença de “ser uma cadela do calcanhar, dedo do pé, calcanhar”, não é suficiente para alcançar a vitória desejada que muitos desejam.

Muitos homossexuais, mal, compraram a falsa ideia de que para ganhar um lugar entre si na comunidade e ganhar respeito, é necessário manter uma atitude feroz e “feroz”, que lhes assegure uma imagem temida para prevenir os outros, sejam aqueles que passam por cima deles. E honestamente, não há nada mais errado do que isso.

Sei que provavelmente soa como um veterano falando ou antiquado, mas é deprimente que a juventude gay de hoje acredite que “perseguir”, “bufar” e posar são sinônimos de ser melhor que o resto ou simplesmente se sentir superior. 

Eles pensam erroneamente que, se forem assim, os outros o verão como alguém a ser seguido e respeitado. Mas tenho novidades para vocês: verdadeiras divas e rainhas têm coisas mais importantes para fazer, negócios para atender e negócios para fechar, não estão perdendo tempo em ações judiciais e falsos egos que só as afastam de seu objetivo.

“… o sucesso pertence a quem trabalha para ele, não há quem só o quer e, nesse sentido, já não importa o quão ‘vadia’ se pode ser”

Você quer ter sucesso “em vadias e divas”? Pois, bem! Primeiro pare de acreditar que você é um. Essa atitude não leva a lugar nenhum. A vida é realmente uma daquelas que, ao invés de se sentir uma diva muito safada e fabulosa, sabe fazer suas coisas e fazer bem. De quem mostra que trabalho e esforço diário é o que realmente te faz chegar ao topo. Essa é a verdadeira atitude.

Então, talvez fosse bom parar de projetar esse desejo de triunfo nas divas que vemos na televisão, para sentir que também somos vencedores. Vamos parar de acreditar que um bom exemplo são aqueles que mostram a língua vulgarmente e vendem seus corpos em uma rede global, como se fossem um pedaço de carne. 

Deixemos também de comprar a péssima ideia do que é ter uma atitude vencedora, que nos vendem esses manequins louros de lábios inchados e corpos operados, que só fazem mandar sorrisos e beijos aos paparazzi.

Afinal, se havia alguma diferença entre aquelas divas famosas e muitas por aí, extasiadas em idolatrá-las, é que antes de acreditarem no papel das feras que representam, elas tinham seus objetivos bem claros, sem se deixarem levar por aquela personagem, para depois, ser agora. 

Sim, as únicas vadias que realmente se dão bem e se enriquecem às custas daquelas ingênuas que simplesmente ficam estagnadas querendo um dia imitá-las e igualá-las, o que é claro que nunca vai acontecer, porque o sucesso é de quem trabalha, não de quem só quer, e nesse sentido meu lindo, não importa mais o quão “vadia” você pode ser ou não.

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