Covid-19: Sem vacina, sociedade terá que conviver com o vírus

Sem grandes anúncios os bastidores da Organização Mundial da Saúde (OMS), é certo que a sociedade vai precisar/começar a trabalhar com a ideia de que o mundo erá de aprender a conviver com o coronavírus.

Pelo menos até que uma vacina chegue ao mercado, isso deve ocorrer a partir de meados de 2021 — daqui a um ano.

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Imagem: Banco de imagens Pixabay

Nesta semana, um sinal foi revelado por Michel Ryan, diretor de operações da agência, que defende “Um novo normal na sociedade até termos soluções mais permanentes”, ou seja, uma vacina.

O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, por exemplo, foi claro em alertar que o vírus “vai estar conosco por um longo tempo”.

Dias atrás, ele alertou que em última instância, “vamos precisar de uma vacina”, para controle da pandemia.

Estamos no início da pandemia, o número vai crescer de forma acelerada, porém, muitos países, inclusive o ~Brasil a falta de preparo na luta contra a covid-19. A velocidade na transmissão do vírus é o desafio de lidar com a pandemia em zonas pobres que passara a moldar uma nova resposta.

A contenção da doença é claro que não vai ser tão positivo, essa é uma meta de controle, que fique evidente que a tarefa não serpa cumprida totalmente no curto prazo. Surpreende a OMS, que países que controlaram a transmissão viram o ressurgimento do novo coronavírus, isso por conta de uma parcela significativa da população não estar imunizada.

Quarentena não vai dissipar o vírus

Internamente na entidade, a constatação é de que as quarentenas funcionaram, mas por si só, não vão acabar com vírus. Elas darão tempo para que governos se preparem para lidar com o fluxo, identificar cada caso e isolar todos, além de fortalecer seus sistemas de saúde. Só assim estaria que grandes surtos sejam transformados em episódios limitados geograficamente.

Uma das percepções é de que, com a pressão econômica e social pensando, governos vão gradualmente retirando restrições e quarentena. Mas medidas de distanciamento social continuarão, um dos elementos desse “novo normal”.

Isso, em alguns países, já começa a ser implementado. Na França, classes de escolas terão menos alunos e locais de trabalho terão novas regras. Um número de máximo de pessoas dentro de lojas também foi estabelecido em outros países.

Aglomerações não devem ser a regra por meses, pelo menos na Europa. Na Alemanha, a Oktoberfest, com 6 milhões de turista e receita de 1 bilhão de euros, foi anulada. Madri cancelou todos seus festivais até outubro. Na Suíça, o tradicional Festival de Jazz de Montreux no final de julho também foi anulado.

Jogos sem públicos, a partir de setembro

Quanto ao futebol, a possibilidade de jogos sem torcida já deixou de ser apenas um dos cenários e passou a ser considerado uma alternativa realista. Na Holanda, o esporte deve voltar a ser disputado em setembro.

Para Ryan, da OMS, trazer de volta eventos esportivos ou qualquer grande evento vai exigir um planejamento cuidadoso. “Entidades e governos terão de avaliar sobre como devem se adaptar”, alertou.

Ele admitiu, porém, que ainda que a ciência tenha de pautar as decisões, medidas terão de se adaptar à vida prática. “Temos de ter um novo contrato social para compartilhar os riscos”. Disse.

Protestos e distúrbios sociais, outra preocupação se refere ao impacto profundo que as quarentenas estão tendo entre as camadas pobres.  Na ONU, o grande temos é de que, sem um apoio sólido a essa população, as restrições gerem “distúrbios sociais” e desestabilizem governos. Num documento interno das Nações unidas sobre o impacto da pandeia nos direitos humanos, a entidade admite que falar em lavar as mãos é um desafio para 2,2 bilhões de pessoas que não têm água em casa.

No mundo, 1,8 bilhão ou não tem casa ou vivem em locais inadequados. Distância social, portanto, é apenas um sonho para tal camada da população. “A pobreza é um fator de risco,”, diz a ONU

“Temos de encontrar um caminho para o futuro, que equilibre o risco do vírus com o risco para a renda das pessoas”, disse Ryan.

Impacto mundial

Outra preocupação se refere ao impacto profundo que as quarentenas estão tendo entre as camadas pobres. Na ONU, o grande termo é de que, sem um apoio sólido a essa população, as restrições gerem “distúrbios sociais” e desestabilizem governos. 

Num documento interno das Nações unidas sobre o impacto da pandeia nos direitos humanos, a entidade admite que falar em lavar as mãos são um desafio para 2,2 bilhões de pessoas que não têm água em casa.

No mundo, 1,8 bilhão não tem casa, e outros vivem em locais inadequados. Distância social, portanto, é apenas um sonho para tal camada da população. “A pobreza é um fator de risco,”, diz a ONU.

“Temos de encontrar um caminho para o futuro, que equilibre o risco do vírus com a ameaça para a renda das pessoas”, disse Ryan.

 

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