Sem grandes anúncios os bastidores da Organização Mundial da Saúde (OMS), é certo que a sociedade vai precisar/começar a trabalhar com a ideia de que o mundo erá de aprender a conviver com o coronavírus.
Pelo menos até que uma vacina chegue ao mercado, isso deve ocorrer a partir de meados de 2021 — daqui a um ano.
Nesta semana, um sinal foi revelado por Michel Ryan, diretor de operações da agência, que defende “Um novo normal na sociedade até termos soluções mais permanentes”, ou seja, uma vacina.
O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, por exemplo, foi claro em alertar que o vírus “vai estar conosco por um longo tempo”.
Dias atrás, ele alertou que em última instância, “vamos precisar de uma vacina”, para controle da pandemia.
Estamos no início da pandemia, o número vai crescer de forma acelerada, porém, muitos países, inclusive o ~Brasil a falta de preparo na luta contra a covid-19. A velocidade na transmissão do vírus é o desafio de lidar com a pandemia em zonas pobres que passara a moldar uma nova resposta.
A contenção da doença é claro que não vai ser tão positivo, essa é uma meta de controle, que fique evidente que a tarefa não serpa cumprida totalmente no curto prazo. Surpreende a OMS, que países que controlaram a transmissão viram o ressurgimento do novo coronavírus, isso por conta de uma parcela significativa da população não estar imunizada.
Quarentena não vai dissipar o vírus
Internamente na entidade, a constatação é de que as quarentenas funcionaram, mas por si só, não vão acabar com vírus. Elas darão tempo para que governos se preparem para lidar com o fluxo, identificar cada caso e isolar todos, além de fortalecer seus sistemas de saúde. Só assim estaria que grandes surtos sejam transformados em episódios limitados geograficamente.
Uma das percepções é de que, com a pressão econômica e social pensando, governos vão gradualmente retirando restrições e quarentena. Mas medidas de distanciamento social continuarão, um dos elementos desse “novo normal”.
Isso, em alguns países, já começa a ser implementado. Na França, classes de escolas terão menos alunos e locais de trabalho terão novas regras. Um número de máximo de pessoas dentro de lojas também foi estabelecido em outros países.
Aglomerações não devem ser a regra por meses, pelo menos na Europa. Na Alemanha, a Oktoberfest, com 6 milhões de turista e receita de 1 bilhão de euros, foi anulada. Madri cancelou todos seus festivais até outubro. Na Suíça, o tradicional Festival de Jazz de Montreux no final de julho também foi anulado.
Jogos sem públicos, a partir de setembro
Quanto ao futebol, a possibilidade de jogos sem torcida já deixou de ser apenas um dos cenários e passou a ser considerado uma alternativa realista. Na Holanda, o esporte deve voltar a ser disputado em setembro.
Para Ryan, da OMS, trazer de volta eventos esportivos ou qualquer grande evento vai exigir um planejamento cuidadoso. “Entidades e governos terão de avaliar sobre como devem se adaptar”, alertou.
Ele admitiu, porém, que ainda que a ciência tenha de pautar as decisões, medidas terão de se adaptar à vida prática. “Temos de ter um novo contrato social para compartilhar os riscos”. Disse.
Protestos e distúrbios sociais, outra preocupação se refere ao impacto profundo que as quarentenas estão tendo entre as camadas pobres. Na ONU, o grande temos é de que, sem um apoio sólido a essa população, as restrições gerem “distúrbios sociais” e desestabilizem governos. Num documento interno das Nações unidas sobre o impacto da pandeia nos direitos humanos, a entidade admite que falar em lavar as mãos é um desafio para 2,2 bilhões de pessoas que não têm água em casa.
No mundo, 1,8 bilhão ou não tem casa ou vivem em locais inadequados. Distância social, portanto, é apenas um sonho para tal camada da população. “A pobreza é um fator de risco,”, diz a ONU
“Temos de encontrar um caminho para o futuro, que equilibre o risco do vírus com o risco para a renda das pessoas”, disse Ryan.
Impacto mundial
Outra preocupação se refere ao impacto profundo que as quarentenas estão tendo entre as camadas pobres. Na ONU, o grande termo é de que, sem um apoio sólido a essa população, as restrições gerem “distúrbios sociais” e desestabilizem governos.
Num documento interno das Nações unidas sobre o impacto da pandeia nos direitos humanos, a entidade admite que falar em lavar as mãos são um desafio para 2,2 bilhões de pessoas que não têm água em casa.
No mundo, 1,8 bilhão não tem casa, e outros vivem em locais inadequados. Distância social, portanto, é apenas um sonho para tal camada da população. “A pobreza é um fator de risco,”, diz a ONU.
“Temos de encontrar um caminho para o futuro, que equilibre o risco do vírus com a ameaça para a renda das pessoas”, disse Ryan.