O país lida com duas grandes crises de saúde pública, exigindo ação imediata da população e das autoridades sanitárias.
O Brasil enfrenta, nos primeiros meses de 2020, um aumento alarmante no número de casos de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como a Dengue, Chikungunya e Zika. De acordo com o Ministério da Saúde, foram notificadas cerca de 30 mil ocorrências dessas doenças apenas nas primeiras semanas do ano. Esse cenário se agrava com o aumento dos casos confirmados de Dengue, com 180 mil registros até o fechamento de fevereiro.
Os estados de São Paulo e Paraná lideram o ranking de casos de Dengue, com 10.271 e 8.463 ocorrências, respectivamente. O Acre, por sua vez, apresenta a maior taxa de incidência, com 92,41 casos a cada 100 mil habitantes, seguido por Mato Grosso do Sul com 76,61 casos por 100 mil habitantes. Essa alta concentração de casos, especialmente em áreas mais vulneráveis, demonstra a gravidade da situação e a urgência de medidas para combater a proliferação do mosquito.
Além dos números alarmantes, a doença também apresentou aumento no número de óbitos, com 32 mortes confirmadas até fevereiro, sendo 26 delas diagnosticadas por critério laboratorial. A maioria dos óbitos ocorreu entre pessoas acima de 60 anos, um grupo mais vulnerável às complicações graves da doença. A situação é ainda mais preocupante com o surgimento de novos sorotipos do vírus, como observado em Roraima e Paraná, o que eleva a complexidade do controle da epidemia.
É fundamental que a população continue se empenhando na eliminação dos focos do Aedes aegypti, adotando medidas simples, como o fechamento de reservatórios de água e o uso de repelentes. O governo e as autoridades sanitárias devem intensificar as campanhas de conscientização e garantir que as equipes de saúde estejam preparadas para atender o crescente número de pacientes.
Simultaneamente, o Brasil também enfrenta a pandemia de coronavírus, o que dificulta ainda mais o controle das doenças transmitidas pelo mosquito. A combinação dessas duas crises de saúde pública exige uma resposta coordenada e eficaz das autoridades, além do esforço contínuo da população para reduzir os riscos de contágio e garantir a segurança da saúde coletiva.
Enquanto o país lida com a pandemia de Covid-19, é imprescindível que a vigilância contra a Dengue, Chikungunya e Zika seja mantida, pois essas doenças continuam a representar uma ameaça significativa à saúde pública. A prevenção é a chave para conter a propagação de ambas as epidemias e evitar que os sistemas de saúde sejam sobrecarregados. O momento exige união, responsabilidade e compromisso de todos para enfrentar esses desafios.